quinta-feira, 20 de maio de 2010

Em terra de POBRE , político é Rei.

               Assistencialismo disfarçado é um cabresto que amarra eleitores, garantindo sucesso nas urnas e aprovação popular;  na consciência do individuo beneficiado é um risco outro “candidato” substituir aquele que o beneficia, possibilitando-o a deixar de receber a ajuda, que mesmo sendo pouca, vem sem a realização de um mínimo de esforço. E  mostra-nos a história que assim muitos políticos fizeram história.
              Se para o político essa disfarçada mas não garantida compra de voto, é uma estratégia que lhe rende muitos créditos, não seria inteligente, pelo menos do ponto de vista eleitoreiro, se opor ou até pensar em qualquer atitude ou projeto complementar que viesse a parar esse processo. Não é fácil se contrapor ou tentar mudar algo que esta entranhado na cultura popular “ farinha pouca, meu angu primeiro”

terça-feira, 18 de maio de 2010

Motivação errada gera resultados indesejáveis.


          Lutar pela motivação errada é pior do que viver sem tê-la;um indivíduo nunca alcançará o pretendido melhor para sua vida enquanto uma motivação equivocada o direcionar a caminhos contrários a seus objetivos.
          Onde chegará uma sociedade na qual seus indivíduos só buscam aprimoramentos advindos da educação por receberem uma quantia ali representativa de sua motivação.
           Mercenários de tempos antigos , se vendiam para executar serviço que beneficiaria outrem , já os mercenários modernos se vendem para executar algo que pensam lhe beneficiar.
           Precisamos mudar os conceitos , mudar essa mentalidade retrógrada, esse afã; precisamos enviar nossos filhos, a escola por acreditar que ela será responsável pela elevação do ser , do saber e que isso por se só já trará os benefícios que esperamos e outros, que nem imaginamos que ela será capaz de realizar em nosso meio; precisamos acreditar que a educação fará mudar a nossa realidade social, pois mudará algo importantíssimo para a concretização dessas mudanças: o meu eu interior.
          Quando vamos a escola ou enviamos nossos filhos por troca financeira nos fadamos a crer que só será proveitoso enquanto essa troca existir; num dia que ela deixar de existir como veiculo motor dessa minha atitude, morre-se os ideais, morre-se os anseios , morre-se as virtudes pois não tenho mais nada em que me escorar, pois nos foi tirado a única mola que sustentava nossos afins. Não precisamos de fatores externos, deixe que venham, precisamos sim de fatores internos , virtudes que nos formam e ajudam a formar nossos filhos.
          “a educação formará um cidadão que saberá fazer calar seus interesses particulares em nome de sua vontade geral [1]
          Mas não pensam assim os políticos:
         Precisamos de uma mudança de 180 graus na Educação. Isso seria um incentivo aos alunos[2] justificativa dada a proposta em um programa político de um dos candidatos a prefeitura do Recife.
         “O esforço artificial é tensão da vontade na direção do que tem falta de interesse[3] e assim exige um estimulante externo; já considera Bernard Charlot que o esforço normal não é outro senão o dinamismo do ego perseguindo objetivos que lhe interessam, só há, portanto, esforço normal quando existe interesse. Estando a linha de interesse dertuparda os resultados pretendidos não são alcançados, assim quando somos guiados pela motivação errada não alcançamos resultados promissores.
        Aos partidários do esforço, ao contrário, consideram que o esforço voluntário, consciente de si mesmo, é a atividade educativa mais importante. Ainda segundo Barnard Charlot não existe, portanto, interesse autêntico senão quando existe esforço.

[1] Rousseau , Emile.  Garnier, 1964
[2] Política. jornal do comércio. recife, 20/05/2008

[3]Dewey, L’ecole et l’enfant ( Delachaux et Niestlé, 1967, 8ª ed.) p.73
Educação como veículo de inserção social

           Sabemos que não é fácil, corrigir anos de desigualdades sociais , que acima de tudo formaram nos indivíduos uma consciência negativista, onde o que está ruim pode piorar,  relegando-os á um estado de  espírito conformista e individualista; e como o ser humano é dotado de um instinto natural de sobrevivência prevalece o “ salve-se quem puder “.
           A educação , principalmente aquela voltada a formação de virtudes através da qualificação profissional , pois “ o trabalho enobrece o homem “ aparece  como esteio da inserção dos jovens na sociedade que o sustém.    
Segundo escritos anônimos (1786) “ O povo não é nem mau nem idiota, é a ignorância que o deprava...indiquemos –lhe  ainda os meios de se preservar contra males que não vem da natureza, nem de sua condição, mas apenas de sua negligência." [1]
          Vivemos numa sociedade desprovida de conceitos morais , sociais  e espirituais principalmente porque os indivíduos que a compõem, mesmo que não em sua maioria , mas num percentual consideravelmente alto , não  refletem em palavras e atitudes o devido respeito e interesse por uma educação de qualidade, estando fadados as misérias do seu desleixo.
          Lembro de épocas em que pais faziam questão dos filhos estarem na escola; de filhos que faziam questão de estar na escola; de professores que faziam questão que  seus “discípulos” aprendessem ; de pais que ensinavam seus ofícios aos filhos , e esses em conseqüência lógica assumiam suas funções, sendo um legado passado de pais para filhos; lembro da insatisfação com os maus tempos vividos  que se tornavam mote para a busca de melhorias, tanto no estilo de vida como na consciência coletiva de cidadania.
         “Para regenerar a sociedade, é preciso formar o indivíduo nas virtudes que  eles compõem "[2]
         “Virtudes ?  Que diacho é isso ?  Seria a indagação da maioria ; pergunta essa que muitos não saberiam responder. E assim caminhamos para abismos cada vez mais intransponíveis.       Virtudes não são matérias lecionáveis do ponto de vista de conteúdos extensos e léxicos abrangentes disponíveis.
           São elas embrionárias do indivíduo , pois cada um de nós já nasce com um mínimo de consciência do certo e errado; ninguém nasce totalmente desprovido de responsabilidade , fidelidade , respeito , sinceridade, etc.   E neste ponto de vista não aprendemos a sê-los , mas desenvolvemos  aprendendo como  expô-las, fazendo-as notórias em nossa vida.
           É assim com o professor e deveria ser assim com o aluno pois “o Mestre não ensina o que sabe, ensina o que é “.[3]
[1] Anônimo, instruction du peuple diviseé em trois parties : de lamorale ...(1789),  pp. X-XI
[2]  Bernard Charlot, A Mistificação pedagógica-realidades sociais e ...na teoria da educação, pp.38
 [3]Bernard Charlot, A Mistificação pedagógica-realidades sociais e ...na teoria da educação, pp.55

 


 

ESSE VÍDEO É DEMAIS

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