1. TEMA
“ FORMANDO ESPAÇOS ACOLHEDORES NUMA ESCOLA TRADICIONAL “
2. JUSTIFICATIVA
A escola tradicional fadou-se com o passar do tempo em sua história e com a ajuda das formas de conceber o processo de aprendizagem, num ambiente pouco agradável e até de suplício como nos casos da palmatória e dos castigos intolerados pelos alunos.
Não é de se estranhar assim os altos índices de fuga das instituições escolares em décadas passadas,o que pode ter fomentado na sociedade uma visão que distorcida porém não equivocada até então que a escola era na verdade um local não agradável de si estar.
Do ponto de vista de muitos educandos a escola era um terror , com muitos professores que tocavam o terror nas escolas através do medo, coação, intimidação com base em regras disciplinares e morais do tempo do coronelismo.
Mesmo tendo evoluído consideravelmente nas propostas pedagógicas enxertadas de metodologias construtivistas com base em seu principal pensador : Piaget e também dos sócios interacionistas baseados nos estudos de Lev S. Vygotsky, sem deixar de citar também a educação dialógica que segundo Freire busca promover caminhos para que o próprio aluno seja sujeito e construa sua autonomia. Não conseguiu de um todo livrar-se do estigma de lugar pouco agradável. Até pelo fato de não ter de livrado do processo tradicional em sua base estrutural, ou seja , continua em sua grande parte como instituição tradicional , conteúdista, vamos dizer assim funcionando através de medidas provisórias se fossemos ilustrar com termos políticos.
Nessas medidas provisórias o papel da gestão escolar e da coordenação pedagógica é esteio na amenização dos efeitos nocivos das práticas tradicionalistas tanto dos parâmetros curriculares como dos profissionais da educação.
O presente projeto procura desenvolver uma prática mais voltada a aproximação do aluno a unidade escolar ao seu bem estar fomentando interesse e motivação necessários ao processo ensino aprendizagem.
3. SITUAÇÃO PROBLEMA
Tem a escola promovido ações que estimulem o interesse amplo, qualitativo e quantitativo dos alunos em relação a escola e sua presença nela ?.
4. PÚBLICO ALVO
Alunos do ensino fundamental I até o sexto ano alocados nos primeiros horários do expediente escolar.
A escola pautada tem 12 salas de aula, o1 sala de vídeo, 01 biblioteca, o1 mini quadra coberta, banheiros, cozinha, sala de professores, recepção, secretaria,um pátio de entrada amplo, um campo de futebol, toda área é cercada com muros, tal como área construída com outros muros.
5. OBJETIVOS:
5.1. OBJETIVO GERAL
· Construir uma consciência positiva quanto ao prazer de se estar na escola
5.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS
· Desenvolver habilidades, talentos e dons nos alunos assistidos.
· Promover a interação equipe pedagógica e alunos.
· Promover ambientes de descontração e prazer.
6. REFERENCIAL TEÓRICO
Como exposto na justificativa e aqui embasada, o trato dado a questão motivacional
Foi durante muitos anos relegada ou por assim dizer direcionada a motivação do educador quando tal existia.
Um processo unilateral, falho quando a obtenção de resultados reais e duradouros o que não implica afirmar que com todas a mudanças já realizadas quanto a valorização do homem e suas próprias concepções e conhecimento de mundo já se tenha alcançado índices de motivação satisfatória do docente. Porém o direcionamento deste caminha para a motivação do discente, que motivado contribuiria com as atividades pedagógicas de maneira mais efetivas.
Para Daniel Goleman (2001) a motivação é ponto essencial na realização de quaisquer atividade seja ela letiva ou não, quando afirma:
“ há um dito popular na índia que diz : quando um batedor de carteiras encontra um santo, tudo o que ele vê são os bolsos . Nossas motivações moldam a maneira como enxergamos o mundo. toda atenção é seletiva e sempre damos mais importância áquilo que buscamos. uma pessoa motivada para conseguir resultados procura maneiras de fazer melhor as coisas. “
Não teríamos assim alunos mais predispostos as atividades pedagógicas, se trabalhássemos a motivação não como fator isolado, desconectado mas como estratégia intra curricular , condicionando-os a sentimentos positivos quando a estadia no ambiente escolar.
Na atual perspectiva, quando um professor se esforça trazendo aulas bem planejadas e realizadas, é sucedido por outro que muitas vezes não agiu de acordo com esse padrão, quebrando o desenvolvimento de uma cultura de satisfação, o que vale dizer que em alguns casos ficam alguns professores com estigma de maus professores desenvolvendo nos alunos um baixo interesse por suas matérias.
Para Castro (2007) a motivação vai além de um simples sentimento transitório , para ele motivação:
“ evoca, de imediato, necessidade, impulso, desejo, impelindo o indivíduo a um comportamento. Motivação, portanto, é termo imerso no relativo,pois sempre exige um objetivo determinado. Com efeito, envolve um conjunto de fatores psicológicos e cinéticos, direcionados para o empenho na consecução de um objetivo.” (p.91)
Faz-se assim necessário desenvolver atitudes pedagógicas, principalmente aquelas promovidas pela coordenação pedagógica em consonância com a gestão escolar no intuito de promover a interação afetiva aluno/escola desmistificando o mito que a escola como um todo é um ambiente de desprazer.
Alunos motivados são mais assíduos, mais comprometidos com resultados e participantes diretos na construção do processo de aprendizagem.
7. PERCURSO METODOLÓGICO
7.1. Atividades:
7.1.1. Acolhimento diário antes do início das Aulas
Diariamente, um intervalo pré-aula disponibilizado para o acolhimento dos alunos presentes na escola.
7.1.2. Caminho das virtudes
Decoração artística dos jardins, entradas das salas, corredores com produções artísticas dos alunos destacando “ virtudes”
7.2. Estratégias
Reuniões pedagógicas para elaboração dos planos gerais da execução dos dois projetos, mediante alguns padrões pré-estabelecidos.
No Primeiro item a coordenação pedagógica poderá ter algumas resistências quanto a consolidação inicial do projeto por mexer com alguns costumes enraizados na escola.
Processo prévio : Todos os alunos diariamente são encaminhados ao pátio onde acontecerão as atividades de acolhimento, o período desse acolhimento deve ser decididos pelos educadores em reunião pedagógica com tempo satisfatório que não atrapalhe os horários das primeiras aulas.
Nesse período de tempo que pode ser de 10 a 15minutos, não muito mais que isso. O professor ou outro agente da escola responsável pelo acolhimento do dia poderá de acordo com o planejamento prévio,apresentar um poema ( por um aluno ) um esquete (tipo de mini peça teatral cômica)
Uma canção ( solo ou grupo) , ou outros tipos de atividades culturais de curto prazo, terminando com uma palavra rápida de incentivo e uma oração coletiva.
A reunião pedagógica decidirá entre outros a escala diária dos responsáveis por cada acolhimento.
O segundo item do projeto, pode ser desenvolvido após o primeiro mês do acolhimento.numa reunião pedagógica será decidido o tema da produção artística tanto como os procedimentos.
Uma sugestão é ter como tema “verão”,nela seriam produzidos “sóis” com isopor sendo escrito dentro deles uma das virtudes, tais como : amor, paz, paciência, etc. essas peças seriam fixadas com pequenos bastões nos jardim da escola ou nos canteiros, ou pendurados pelos corredores.
7.3. Habilidades
Os alunos terão oportunidade de desenvolver talentos e habilidades, pois desde a confecção até a montagem tudo será realizado por eles, cabendo ao educador a tarefa de facilitador das atividades. E quanto as apresentações articulador das apresentações artísticas.
7.4. Interdisciplinaridade
Disciplina de artes – construção e montagem dos espantalhos temáticos (sol, lua, etc.)
Linguagens – significado das palavras : amor, paz, paciência, gentileza.
História – origens da palavras (filosofia)
Geografia – significados regionais em cada palavra.
8. RECURSOS:
Os recursos para aquisição de peças de isopor, tintas, pinceis, etc. Podem vir de parcerias com o comercio local que tomariam conhecimento do projeto e suas colaborações no processo de aprendizagem.
Já os percentual desse material será definido após reunião pedagógica definindo primeiro o raio de ação de cada item.
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ESPECIFICAÇÃO | ABRIL | MAIO | JUNHO | JULHO |
Reunião pedagógica para apresentação do projeto | x | |||
Reunião pedagógica para elaboração da escala e processos do acolhimento diário. | x | |||
Inicio das atividade do acolhimento | x | |||
Reunião pedagógica para avaliação da 1ª semana de acolhimento e abertura do fórum para o caminho das virtudes. | x | |||
Reunião pedagógica para avaliação do 1º mês do acolhimento e passos para a efetivação do caminho das virtudes. | x | |||
Produção artística e montagem do caminho das virtudes | x | |||
Avaliação dos resultados objetivos e subjetivos do projeto | x |
10. AVALIAÇÃO:
A avaliação dar-se-á por observação empírica da participação dos alunos nas atividades do acolhimento e envolvimento no projeto do caminho das virtudes.
11. REFERÊNCIAS
CASTRO, Celso Antonio Pinheiro de. Sociologia aplicada a administração. São Paulo:Atlas, 2 Ed. 2007
GOLEMAN, Daniel. Trabalhando com a inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
