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terça-feira, 16 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O ESSENCIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
As crianças em idade para a educação infantil estão numa fase onde a necessidade afetiva e sua percepção de mundo tornar-se-ão os fatores primordiais ao desenvolvimento cognitivo e inter-pessoal tanto de si próprio como dos parceiros de sala.
Nesta fase todos as cognições necessárias aos demais níveis escolares são ou deveriam ser desenvolvidos, assimilados favorecendo não só o presente mas também o futuro desses rebentos. Ao observarmos crianças do 5 ano por exemplo com dificuldades na escrita nota-se que a sua carência apresenta ausência de um trabalho pedagógico eficiente de coordenação motora.
Muito além de promover atividades recreativas ou corporais, sinestésicas a educação infantil prisma pela formação psicológica utilizando suas ferramentas mais eficientes , aquelas que intitulamos de atividades lúdicas. Sem o lúdico somos estranhos, com informações estranhas, e muitas vezes agressores que pensam esta incluindo a criança no mundo adulto lesando-as do “maravilhoso” em suas vidas. É um dom natural da criança abstrair e essa abstração fortalece e protege-a de traumas , e de se envolver em assuntos grandiosos demais e não condizentes com seu desenvolvimento intelectual , psíquico e motor, conforme Craidy e Kaercher (2001) que transmite em síntese a teoria de vygostsky ao afirmar que tal capacidade (referindo a ser capaz de simbolizar)representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento, pois faz com que a criança se desvincule das situações concretas e imediatas sendo capaz de abstrair.
O professor da educação infantil precisa ser um profissional que também na medida certa consiga abstrair, que tenha a capacidade de entender e vislumbrar a criança e suas especificidades. Que seja envolvido e comprometido com essa educação; que ante de ensinar, ame; não se concebe educação infantil sem amor. A criança responde mais aos estímulos no amor do que na violência, e há que se diga que na violência nada é construído, o amor por se só constrói, edifica,educa. O amor deveria ser a primícia dos requisitos na hora de se escolher um professor, aquele que se diz educador e não ama esta fadado e esta fadando seus alunos a desventuras afetivas e a bloqueios cogno-aprendizado.
* CRAIDY, Maria. KAERCHER, Gládis E. Educação infantil: para que te quero. Porto Alegre: artmed, 2001.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
É CRECHE OU É ESCOLA ?
Os avanços obtidos no meio educacional e vigentes hoje, em análise comparativa ao período constituinte da implantação da educação infantil no Brasil leva-nos a inferir a co-relação existente neste processo entre a concepção ontológica de criança e o desenvolvimento da creche como instituição promotora do desenvolvimento cogno-perceptivo no universo ensino-aprendizagem.
O histórico de ambos desenvolvimentos remota a revolução industrial conforme ilustra Oliveira (1992) “ a implantação da industrialização no pais...provocou a necessidade de incorporar grande número de mulheres casadas”; gerando uma necessidade lógica: como ficariam os filhos menores dessas mulheres ? Em torno das precárias condições de trabalho movimentos sociais surgiram apondo as ideologias socialistas de então. Os proprietários das industrias procuravam diminuir a força desses movimentos cedendo alguns benefícios sociais com fins de controle do comportamento, dentro e fora da fabrica. Conforme Oliveira (1992) “ o fato dos filhos das operários estarem sendo atendidos em creches...montadas pelas fabricas passou a ser reconhecido...como vantajoso: mais satisfeitas as mães operárias produziam melhor.”
Dista daí as concepções de creche em sua gênese: filantrópica, custodial e higienista; interagindo com a concepção cultural, social do papel da mulher, da família e da criança.
A função da creche evoluiu ao ponto que também evoluiu as concepções alusivas a infância, deixando o cunho assistencial-custodial onde é comumente colocada como uma graça aos desafortunados a responsável pela promoção do desenvolvimento das crianças ampliando suas experiências e conhecimentos, correspondendo a concepção de construção do conhecimento inerente e essencial ao desenvolvimento infantil e a construção de uma realidade humana diferente e diferenciada de tendências fatalistas locais ou temporais.
Sobre as diferentes formas de perceber essas especificidades escreve ainda Oliveira (1992)” enquanto que as crianças pobres eram atendidas em creches com propostas que partiam de uma idéia de carência e deficiência, as crianças mais ricas eram colocadas em ambientes estimuladores e consideradas como tendo um processo dinâmico de viver e desenvolver-se.” Por essa declaração que não foge a realidade de hoje, e conforme a teoria das inteligências múltiplas de Gardner, não é absurdo afirmar que neste período e durante muito tempo acreditava-se existir um percentual maior de abastados considerados inteligentes em comparação aos parias conceitualmente menos favorecidos cognitivos. Mas uma coisa é certa os primeiros tiveram maiores e melhores oportunidades em desenvolver suas inteligências, o que não condiz dizer que os demais não são inteligentes.
Essas diferentes formas de perceber a criança explica a dificuldade existente em algumas pessoas em diferenciarem “ a escolinha” da creche e para arriçar essa cognição sugerimos mais uma indagação: não cumpre hoje eficazmente o papel de creche as propostas atitudinais da escola integral ?
Em nosso tempo a creche incorpora as funcionalidades específicas e objetivas concernentes à escola, formação para a transformação. Tal funcionalidade brotou ao ponto que se percebia a importância da educação das novas gerações para transformação da realidade social a que estavam sujeitas.
Todos os esforços na concretização deste objetivo deve ser canalizado somando-se as propostas existentes direcionando teoria e prática no exercício da pedagogia.
* Oliveira etal. Creches: crianças, faz de conta e cia. Rio de Janeiro. Vozes. 1992
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