quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aspectos teóricos do pensamento político de Jean Jacques Rousseau




          Baseado no contexto histórico político social acima citado é preciso analisar o pensamento de Rousseau  confrontando-o com o pensamento de outros teóricos políticos importantes e contemporâneos iluministas nos quais ele chegou a interagir  e até de alguns antecessores seus - como é o caso de Hobbes – no qual ele manteve contínuo diálogo.
         Rousseau concebia ao Jusnaturalismo uma particularidade toda sua, divergindo das concepções dos outros filósofos jusnaturalistas.
   Para Rousseau o homem nascia essencialmente bom e sem qualquer vício, porém, esse homem naturalmente livre e bom era pervertido no convívio com a sociedade civilizada. Nessa perversão causada pelas relações sociais  do indivíduo com os civilizados, alguns de seus direitos naturais são  perdidos ou desrespeitados e seu retorno a condição natural dentro do convívio societário só é possível mediante um contrato social que lhe concederia a recuperação de valores da sua condição natural.      
Isso é uma diferença profunda do jusnaturalismo Hobbesiano que concebia a natureza humana como agressiva e afirmava que o homem natural vivia em estado de guerra e só esse contrato entre pares, poderia  evitar a guerra de todos contra todos.
         O contrato social segundo Rousseau é um consenso que se estabelece entre os indivíduos e nesse consenso se forma o estado civil, ou seja, a comunidade civil que cria a figura da pessoa pública que é artificial e  muito difere do estado natural dos indivíduos.  No contrato social as vontades individuais fundem-se formando uma nova e diferente vontade geral, independente e mais forte que o somatório das vontades individuais e que visa o bem comum.   Desta forma, Rousseau confere ao povo o poder da soberania, sendo as leis a expressão da vontade geral que é, por sua vez, a conjunção das vontades individuais na perspectiva do consenso coletivo.
         Nisso reside uma grande diferença entre Rousseau e os demais iluministas.  Ele defendia a pequena burguesia e o povo expressa na         Igualdade jurídica entre os homens enquanto muitos de seus contemporâneos defendiam a alta burguesia e a nobreza colocando o contrato social a serviço do poder absoluto e da propriedade privada.
Em sua obra anterior ao contrato social “ O discurso  sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, ele coloca a propriedade privada como marco da fundação da sociedade civil e  fonte de toda a infelicidade humana, pois nela, as desigualdades e as opressões dela resultantes ganham vida e se estabelecem entre os homens: as disputas, a miséria,a exploração e o trabalho escravo.  Assim, para ele o progresso a todo custo - que era uma das teorias de  Voltaire , seu declarado opositor -  não respeitava o ser humano e seus direitos.
         Para Rousseau, segundo Huberman (1986, p.116) a propriedade privada era um ato arbitrário que arbitrariamente era transformada em direito.
         Na dimensão natural repousaria o modelo pelo qual o contrato social deveria se espelhar, trazendo o homem de volta a bondade, eliminando essas desigualdades.  É esse retorno ao natural dentro do próprio estado cívico que consiste a teoria jusnaturalista de Rousseau.
         No contrato social de Rousseau, suas ideias estão postas mesclando-se com as concepções filosóficas anteriores, que ora valida, ora se contrapõe procurando responder a uma questão lógica: se o homem nasceu  livre, então por que se encontra, e se submete a encontrar-se, sob ferros? É o que uma leitura completa de sua obra responderá.


A ÉPOCA DE JEAN JAQUES ROUSSEAU



A época de Jean Jacques Rousseau



Este texto é minha visão crítica, resultado das leituras dos textos propostos pela disciplina e de outros de igual importância lidos, comparados e fichados que constituíram os parâmetros desta redação, assim:

abrange principalmente a perspectiva histórica da riqueza do homem, nos deixando lacunas que precisam ser preenchidas, mesmo porque, não foi seu objetivo fazer uma linha temporal de fatos e ideologias vigentes no século XVIII. Rousseau viveu numa época onde, uma efervescência política, econômica, filosófica e cultural eclodia na Europa e tomava conta das ideologias e aspirações dos indivíduos na sociedade europeia.Jean Jacques Rousseau é um filósofo suíço que nasceu em 1712 na cidade de Genebra e morreu na França em 1778 aos 66 anos.  Foi além de filósofo, escritor, teórico político e compositor musical autodidata.   O texto de Leo Huberman nos traz muitas informações sobre a época de Rousseau, mas

Vivendo sob o reinado sucessivo de dois Reis, Luiz XV e posteriormente seu neto Luiz XVI, pode contemplar o fracasso sucessivo desses governos absolutistas e as extravagâncias que levaram a França à ruína financeira, e após sua morte  à revolução francesa, que foi o marco histórico da passagem da idade moderna para a contemporânea, tal como o fim do absolutismo, fixando as bases de uma sociedade burguesa e capitalista .

Rousseau  se mudou para a França quando completou 30 anos em 1742.  Lá sob o governo de Luiz XV a frança enfrentava dificuldades financeiras provocadas pelas sucessivas guerras territoriais, mas principalmente pela guerra dos sete anos que juntou França, Áustria e aliados de um lado e Inglaterra, Portugal e aliados do outro, na disputa  pelo controle comercial e marítimo tanto das colônias nas índias como na América do norte.     Tanto a frança que saiu derrotada como a Inglaterra grande vitoriosa nessa disputa, saíram perdendo, pelo enfraquecimento de suas economias.   A frança pela perda de colônias e pela dívida de guerra, e a Inglaterra pelo alto endividamento na guerra; ambas arrocharam mais ainda a situação dos camponeses que pagavam os impostos e as insatisfações decorrentes dessa extra exploração estatal.    A França vivia nesse antagonismo: de um lado uma nobreza exibicionista, pomposa  e extravagante e do outro um terceiro estado formado por trabalhadores urbanos, pequena burguesia comercial e camponeses, cada vez mais paupérrimos pelos impostos que eram cobrados pela nobreza e pelo clero que sugava-lhes até a última gota de sangue.

Nesse contraste entre riqueza e pobreza, pompa e miséria, extravagância e fome, nobres e povo, circundavam as discussões e os debates de muitos filósofos, que efervescia a política e a economia mercantilista vigente na época.   Eles estavam na vanguarda do fim de um sistema de produção para a consolidação das bases do surgimento de outro totalmente diferente. 

Rousseau foi contemporâneo de Emmanuel Kant, Montesquieu, Voltaire e de Adam Smith que publicou o clássico da economia política “ a Riqueza das Nações” em 1776, que segundo Huberman (1986, p.74) “ foi a súmula da nascente rebelião contra a política mercantilista” que monopolizava os lucros através de leis, impostos e prêmios, que favoreciam um pequeno grupo de comerciantes.

Essa política protecionista e restritiva, não agradava aos pequenos comerciantes que se viam lesados por elas e exigiam a queda das regulamentações excessivas e o livre comércio: “Laissez-faire” que logo se tornou o lema da primeira escola econômica, os fisiocratas franceses.  Esse grupo que se reunia frequentemente para discutir os problemas  econômicos tinham na terra, sua base teórica que constituiria as premissas para o surgimento dos teóricos da economia clássica.

O século XVIII é também a época da revolução industrial ocorrida na Inglaterra que modelou de vez a sociedade como um todo a um sistema capitalista agora industrial, foi a alavanca que mudaria a história tanto do homem como das coisas, como também é a época da revolução francesa que abalou e transformou as relações de poder tanto na frança como no resto do mundo, estabelecendo as condições que já vinham sendo desenvolvidas para a hegemonia burguesa e destruição das estruturas econômicas, sociais e políticas que sustentavam o Antigo Regime.

Fervilhando desde o século XVII as ideias iluministas ganharam força neste século ( XVIII) pelas condições sócio-históricas estabelecidas neste período e  é neste período que se levantam os mais renomados filósofos iluministas, dentre eles Rousseau.   Foram os iluministas que lutando contra o obscurantismo político e religioso que imperava desde a idade média mexeram com o ideário popular motivando a Revolução francesa.     A importância que davam a razão constituía a base de sua ideias e só por ela era possível compreender os fenômenos sociais, como também os naturais; era o Racionalismo filosófico imperando na consciência política, econômica, artística e social.

Junte insatisfações coletivas com a consciência de sua situação e a força desencadeada por condições degradantes e obtenha todos os ingredientes para uma transformação das estruturas estabelecidas.  Esse foi o palco da revolução francesa: uma população coletivamente insatisfeita, mais um grupo de intelectuais reformistas e um soberano fraco e incompetente. 

Esse foi o pano de fundo da obra de Rousseau, que viveu nessa conturbada sociedade podendo captar  todas as inclinações políticas e econômicas da época e refleti-las em suas Obras.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

DINÂMICA - BATATA QUENTE




Duração: Aproximadamente 20min.

Materiais: Caixa de sapato, papel reciclado, caneta ou lápis, aparelho de som (rádio ou CD) e a elaboração de tarefas e perguntas.

 A quem se destina: Público diversificado.
 
Objetivo: É mostrar como as vezes somos covardes diante de situações que possam representar desafio, mudança, perigo ou vergonha. Devemos aprender que em Deus podemos superar todos os desafios que são colocados a nossa frente, por mais que pareça tudo tão desesperador, o final pode ser uma feliz notícia.

 Procedimento:

Ø  O grupo deverá fazer um grande círculo;

Ø  O facilitador segura a caixa a caixa de sapato e explica o seguinte pra turma: Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida ou uma resposta a ser dada, vamos brincar de batata quente com ela? Aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar ou responder a pergunta sem titubear. Independente do que seja...

Ø  O facilitador explica que ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa ou uma pergunta extremamente dificil ou vergonhosa);

Ø  Começa a brincadeira, com o som ligado e a música tocando, devem ir passando a caixa de um para o outro;

Ø  Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa ou responder a pergunta...

Ø  O facilitador fará comentários do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem... Depois de muito suspense quando finalmente a pessoa abre a caixa e escolhe uma tirinha, nela encontrará surpresas.

ESSE VÍDEO É DEMAIS

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