quarta-feira, 31 de julho de 2013

A ÉPOCA DE JEAN JAQUES ROUSSEAU



A época de Jean Jacques Rousseau



Este texto é minha visão crítica, resultado das leituras dos textos propostos pela disciplina e de outros de igual importância lidos, comparados e fichados que constituíram os parâmetros desta redação, assim:

abrange principalmente a perspectiva histórica da riqueza do homem, nos deixando lacunas que precisam ser preenchidas, mesmo porque, não foi seu objetivo fazer uma linha temporal de fatos e ideologias vigentes no século XVIII. Rousseau viveu numa época onde, uma efervescência política, econômica, filosófica e cultural eclodia na Europa e tomava conta das ideologias e aspirações dos indivíduos na sociedade europeia.Jean Jacques Rousseau é um filósofo suíço que nasceu em 1712 na cidade de Genebra e morreu na França em 1778 aos 66 anos.  Foi além de filósofo, escritor, teórico político e compositor musical autodidata.   O texto de Leo Huberman nos traz muitas informações sobre a época de Rousseau, mas

Vivendo sob o reinado sucessivo de dois Reis, Luiz XV e posteriormente seu neto Luiz XVI, pode contemplar o fracasso sucessivo desses governos absolutistas e as extravagâncias que levaram a França à ruína financeira, e após sua morte  à revolução francesa, que foi o marco histórico da passagem da idade moderna para a contemporânea, tal como o fim do absolutismo, fixando as bases de uma sociedade burguesa e capitalista .

Rousseau  se mudou para a França quando completou 30 anos em 1742.  Lá sob o governo de Luiz XV a frança enfrentava dificuldades financeiras provocadas pelas sucessivas guerras territoriais, mas principalmente pela guerra dos sete anos que juntou França, Áustria e aliados de um lado e Inglaterra, Portugal e aliados do outro, na disputa  pelo controle comercial e marítimo tanto das colônias nas índias como na América do norte.     Tanto a frança que saiu derrotada como a Inglaterra grande vitoriosa nessa disputa, saíram perdendo, pelo enfraquecimento de suas economias.   A frança pela perda de colônias e pela dívida de guerra, e a Inglaterra pelo alto endividamento na guerra; ambas arrocharam mais ainda a situação dos camponeses que pagavam os impostos e as insatisfações decorrentes dessa extra exploração estatal.    A França vivia nesse antagonismo: de um lado uma nobreza exibicionista, pomposa  e extravagante e do outro um terceiro estado formado por trabalhadores urbanos, pequena burguesia comercial e camponeses, cada vez mais paupérrimos pelos impostos que eram cobrados pela nobreza e pelo clero que sugava-lhes até a última gota de sangue.

Nesse contraste entre riqueza e pobreza, pompa e miséria, extravagância e fome, nobres e povo, circundavam as discussões e os debates de muitos filósofos, que efervescia a política e a economia mercantilista vigente na época.   Eles estavam na vanguarda do fim de um sistema de produção para a consolidação das bases do surgimento de outro totalmente diferente. 

Rousseau foi contemporâneo de Emmanuel Kant, Montesquieu, Voltaire e de Adam Smith que publicou o clássico da economia política “ a Riqueza das Nações” em 1776, que segundo Huberman (1986, p.74) “ foi a súmula da nascente rebelião contra a política mercantilista” que monopolizava os lucros através de leis, impostos e prêmios, que favoreciam um pequeno grupo de comerciantes.

Essa política protecionista e restritiva, não agradava aos pequenos comerciantes que se viam lesados por elas e exigiam a queda das regulamentações excessivas e o livre comércio: “Laissez-faire” que logo se tornou o lema da primeira escola econômica, os fisiocratas franceses.  Esse grupo que se reunia frequentemente para discutir os problemas  econômicos tinham na terra, sua base teórica que constituiria as premissas para o surgimento dos teóricos da economia clássica.

O século XVIII é também a época da revolução industrial ocorrida na Inglaterra que modelou de vez a sociedade como um todo a um sistema capitalista agora industrial, foi a alavanca que mudaria a história tanto do homem como das coisas, como também é a época da revolução francesa que abalou e transformou as relações de poder tanto na frança como no resto do mundo, estabelecendo as condições que já vinham sendo desenvolvidas para a hegemonia burguesa e destruição das estruturas econômicas, sociais e políticas que sustentavam o Antigo Regime.

Fervilhando desde o século XVII as ideias iluministas ganharam força neste século ( XVIII) pelas condições sócio-históricas estabelecidas neste período e  é neste período que se levantam os mais renomados filósofos iluministas, dentre eles Rousseau.   Foram os iluministas que lutando contra o obscurantismo político e religioso que imperava desde a idade média mexeram com o ideário popular motivando a Revolução francesa.     A importância que davam a razão constituía a base de sua ideias e só por ela era possível compreender os fenômenos sociais, como também os naturais; era o Racionalismo filosófico imperando na consciência política, econômica, artística e social.

Junte insatisfações coletivas com a consciência de sua situação e a força desencadeada por condições degradantes e obtenha todos os ingredientes para uma transformação das estruturas estabelecidas.  Esse foi o palco da revolução francesa: uma população coletivamente insatisfeita, mais um grupo de intelectuais reformistas e um soberano fraco e incompetente. 

Esse foi o pano de fundo da obra de Rousseau, que viveu nessa conturbada sociedade podendo captar  todas as inclinações políticas e econômicas da época e refleti-las em suas Obras.

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