A época de Jean Jacques Rousseau
Este texto é minha visão crítica,
resultado das leituras dos textos propostos pela disciplina e de outros de
igual importância lidos, comparados e fichados que constituíram os parâmetros
desta redação, assim:
abrange principalmente a perspectiva
histórica da riqueza do homem, nos deixando lacunas que precisam ser
preenchidas, mesmo porque, não foi seu objetivo fazer uma linha temporal de
fatos e ideologias vigentes no século XVIII. Rousseau viveu numa época onde,
uma efervescência política, econômica, filosófica e cultural eclodia na Europa e
tomava conta das ideologias e aspirações dos indivíduos na sociedade europeia.Jean Jacques Rousseau é um filósofo
suíço que nasceu em 1712 na cidade de Genebra e morreu na França em 1778 aos 66
anos. Foi além de filósofo, escritor,
teórico político e compositor musical autodidata. O texto de Leo Huberman nos traz muitas
informações sobre a época de Rousseau, mas
Vivendo sob o reinado sucessivo de
dois Reis, Luiz XV e posteriormente seu neto Luiz XVI, pode contemplar o
fracasso sucessivo desses governos absolutistas e as extravagâncias que levaram
a França à ruína financeira, e após sua morte
à revolução francesa, que foi o marco histórico da passagem da idade
moderna para a contemporânea, tal como o fim do absolutismo, fixando as bases
de uma sociedade burguesa e capitalista .
Rousseau se mudou para a França quando completou 30
anos em 1742. Lá sob o governo de Luiz
XV a frança enfrentava dificuldades financeiras provocadas pelas sucessivas
guerras territoriais, mas principalmente pela guerra dos sete anos que juntou
França, Áustria e aliados de um lado e Inglaterra, Portugal e aliados do outro,
na disputa pelo controle comercial e
marítimo tanto das colônias nas índias como na América do norte. Tanto a frança que saiu derrotada como a
Inglaterra grande vitoriosa nessa disputa, saíram perdendo, pelo
enfraquecimento de suas economias. A
frança pela perda de colônias e pela dívida de guerra, e a Inglaterra pelo alto
endividamento na guerra; ambas arrocharam mais ainda a situação dos camponeses
que pagavam os impostos e as insatisfações decorrentes dessa extra exploração
estatal. A França vivia nesse
antagonismo: de um lado uma nobreza exibicionista, pomposa e extravagante e do outro um terceiro estado
formado por trabalhadores urbanos, pequena burguesia comercial e camponeses,
cada vez mais paupérrimos pelos impostos que eram cobrados pela nobreza e pelo
clero que sugava-lhes até a última gota de sangue.
Nesse contraste entre riqueza e
pobreza, pompa e miséria, extravagância e fome, nobres e povo, circundavam as
discussões e os debates de muitos filósofos, que efervescia a política e a
economia mercantilista vigente na época.
Eles estavam na vanguarda do fim de um sistema de produção para a
consolidação das bases do surgimento de outro totalmente diferente.
Rousseau foi contemporâneo de Emmanuel
Kant, Montesquieu, Voltaire e de Adam Smith que publicou o clássico da economia
política “ a Riqueza das Nações” em 1776, que segundo Huberman (1986, p.74) “
foi a súmula da nascente rebelião contra a política mercantilista” que
monopolizava os lucros através de leis, impostos e prêmios, que favoreciam um
pequeno grupo de comerciantes.
Essa política protecionista e restritiva,
não agradava aos pequenos comerciantes que se viam lesados por elas e exigiam a
queda das regulamentações excessivas e o livre comércio: “Laissez-faire” que
logo se tornou o lema da primeira escola econômica, os fisiocratas
franceses. Esse grupo que se reunia
frequentemente para discutir os problemas
econômicos tinham na terra, sua base teórica que constituiria as
premissas para o surgimento dos teóricos da economia clássica.
O século XVIII é também a época da
revolução industrial ocorrida na Inglaterra que modelou de vez a sociedade como
um todo a um sistema capitalista agora industrial, foi a alavanca que mudaria a
história tanto do homem como das coisas, como também é a época da revolução
francesa que abalou e transformou as relações de poder tanto na frança como no
resto do mundo, estabelecendo as condições que já vinham sendo desenvolvidas
para a hegemonia burguesa e destruição das estruturas econômicas, sociais e
políticas que sustentavam o Antigo Regime.
Fervilhando desde o século XVII as ideias iluministas
ganharam força neste século ( XVIII) pelas condições sócio-históricas estabelecidas
neste período e é neste período que se
levantam os mais renomados filósofos iluministas, dentre eles Rousseau. Foram os iluministas que lutando contra o
obscurantismo político e religioso que imperava desde a idade média mexeram com
o ideário popular motivando a Revolução francesa. A importância que davam a razão constituía
a base de sua ideias e só por ela era possível compreender os fenômenos sociais,
como também os naturais; era o Racionalismo filosófico imperando na consciência
política, econômica, artística e social.
Junte insatisfações coletivas com a consciência de sua
situação e a força desencadeada por condições degradantes e obtenha todos os
ingredientes para uma transformação das estruturas estabelecidas. Esse foi o palco da revolução francesa: uma
população coletivamente insatisfeita, mais um grupo de intelectuais reformistas
e um soberano fraco e incompetente.
Esse foi o pano de fundo da obra de Rousseau, que viveu
nessa conturbada sociedade podendo captar
todas as inclinações políticas e econômicas da época e refleti-las em
suas Obras.
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